terça-feira, 10 de junho de 2025

Três moedas de ouro visigóticas descobertas em Tomar

Com a degradação do Império Romano e a invasão dos povos bárbaros, a Península Ibérica e consequentemente a região de Tomar são ocupadas por volta do século V d.C..

Para além dos registos arqueológicos, a lenda local de Santa Iria, pelos seus topónimos e antropónimos, inspira testemunhar acontecimentos longínquos numa população romano-visigótica cristianizada.

Segundos os testemunhos que aqui abordamos, entre os achados correpondentes a esse período, estão três moedas de ouro visigóticas.

O primeiro testemunho é do industrial e arqueólogo Pedro de Roure Pietra (1815-1874), que numa publicação sua na Gazeta de Portugal, de 14 de maio de 1863, refere a existência de uma moeda de ouro na sua posse encontrada em Tomar.

Uma moeda d´ouro de Shindavitho, modernamente encontrada naquelle mesmo sitio, e que conservamos em nosso poder, autorisa o facto referido, e dá mais força á lenda.

Em modo de curiosidade, aparentemente sem que Roure Pietra se tivesse apercebido, constatamos que o ano da morte do rei Sindavinto ou Quindasvinto (562-653 d.C.) corresponde ao da morte da lendária Santa Iria.

Outra publicação, agora no jornal A Verdade, de 26 de junho de 1881, da autoria de um anónimo que assina F.V., faz saber sobre a descoberta da sua autoria de duas moedas de ouro visigóticas.

Segundo esta fonte, através da descrição das moedas consegue identificar os reis Recaredo I (ano de 586 d.C.) e Rodrigo (710 d.C.), localizando a descoberta na Beselga a sete quilómetros de Tomar.


Fonte da imagem: Wikipédia